segunda-feira, 16 de maio de 2011

Seu nome.

   Seu nome.
  Minha voz ecoa no vento
  Condenada a escuridão perpetua
  Sozinha, para sempre sozinha,
  Presa ao meu tormento.
  O ruído dos teus passos
  Aos poucos se extinguem
  As lagrimas, aos poucos brotam
  E minha alma se perde num infinito de tristeza.
  Agora eu sinto
  Esta tortura constante
  Que me corrói por dentro
  Ferindo-me a todo instante.



Últimos instantes.

  O frio
  Corta minha pele.
  O mar em fúria
  Lança-se sobre mim.
  A cada passo que dou.
  A cada pingo de água que salpica meu rosto
  estou mais decidida
  de que devo continuar.
  As ondas congelantes
  Tocam meu coração.
  E a cada segundo
  Seus batimentos ritimados
  Se tornam uma ato do passado.
  O que me espera
  Depois de minha últoma visão da vida.
  É um mistério prestes a ser revelado.




Triste despedida.

  Ali está ela.
  Pálida
  Gélida
  Morta.
  As pessoas murmuram
  assuntos paralelos
  Palavras desconexas
  que não atingem
  Nossa triste despedida.
  Eu e ela.
  Ela que já não me pode ouvir.
  Eu, que sempre á amei de verdade.
  Um último sorriso perpassou seu rosto
  Esculpido na máscara da morte.
  Ela está feliz
  Penso.
  Matando a saudade
  Que agora me mata.



Além da vida.

  O chão é o que me resta.
  A terra é o que me espera.
  As lágrimas já não me tocam
  Os chamados
  Já não me podem fazer voltar.
  Oque será de mim, digo
  de minha alma
  pobre alma
  corrupta
  pecadora
  Espero o castigo
  Querendo o perdão
  Mas quem me castigará
  Neste antro de solidão.