terça-feira, 27 de setembro de 2011

Um lugar qualquer (poema).

Quero fugir de casa.
Para um lugar qualquer.
Qualquer lugar onde a solidão
encontre-me.
Onde a dor possa
emanar
Onde o silêncio possa
Zumbir.
Quero ir para um lugar qualquer
onde eu possa me isolar
refletir
pensar
e principalmente
chorar.
Esse lugar é muito fácil de encontrar
Cavarei sete palmos do chão
Encontrarei o meu lugar.

 

Evanescence Solitude

                                                                      

Going under

   








Minhas últimas palavras

  Adeus,

  Já bebi o veneno. Ele está, lentamente, se espalhando por meu corpo frio que jaz, da melhor forma possível, ao lado do lugar onde ficará para todo o sempre.
  Posso até sentir a vida deixando-me, meu corpo expurgado de vitalidade, o amargo fim nunca me pareceu mais doce. Não sinto dor, talvez esteja demasiado entorpecida para sentir alguma parte do meu ser, mas assim está melhor, a dor da alma, embora muito mais sofrida, é muito mais confortável. Não pensei em ninguém, pois se pensasse não teria coragem, mas, quero que entendam, a minha existência é totalmente inútil ante a força da vida, pois não a possuo, nunca a possui, em vida, fui apenas um objeto falante que só servia para chorar e sofrer, estou bem agora, talvez minhas mãos não possam traçar mais nenhuma palavras pois já não tenho controle sobre mim mesma. Quero que saibam que estou bem agora, não quero que chorem por mim, pois eu mesma já fiz isso a minha vida toda.






segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Arte Tumular

  Descobri um tipo de arte, que a muitos causa repulsa e medo, mas essa isso é privilégio daqueles que sabem apreciar a verdadeira arte. Confiram algumas imagens no video abaixo. 





 

Há muito tempo...

eu não conhecia alguém como você.
Há muito tempo eu não me sentia como você fez-me sentir.
Assim, feliz
Há muito tempo eu não ria com alguém.
Há muito tempo eu não chorava por alguém.
Há muito tempo não, pelo que eu me lembro, nunca havia me decepcionado tanto com alguém
Com você
Fui tão doce e delicada
Dessa história
Sai tão triste a machucada
Talvez nunca me recupere dessa queda
Mas o que a fez mais dolorida foi o fato de que você
Que me guiaste aos picos mais altos de luz e felicidade
Me empurrou de volta para a realidade cruel e aterradora.
Hoje, eu posso dizer que me sinto bem, recuperada
Mas palavras são palavras do corpo
Lágrimas, são palavras da alma.